Clube do livro

A TRANÇA – Laetitia Colombani

Neste livro conhecemos a vida de 3 mulheres que vivem bem distantes uma das outra – Índia, Itália e Canadá. Com vidas diferentes, mas com a busca pela liberdade sendo o ponto em comum.

Smita é uma dalit – intocável, membro da casta mais inferior da Índia. Seu grande sonho é ver a filha escapar da condição miserável em que vivem e ter acesso à educação formal.

Na Sicília, Giulia trabalha como ajudante na oficina do pai, mas quando ele sofre um acidente e ela precisa assumir o comando, logo percebe que o negócio está à beira da ruína. 

No Canadá, Sarah é uma advogada renomada. Quando está prestes a ser promovida, a chefe do escritório em que trabalha descobre estar gravemente doente.

Sem saber que estão conectadas por suas questões mais íntimas, Smita, Giulia e Sarah recusam o destino que lhes está reservado e decidem lutar contra ele. Vibrantes, suas histórias remontam a uma imensa gama de emoções muito familiares e que, por isso, tecem uma trama que fala sobre dois aspectos essenciais de nossas vidas: esperança e solidariedade.

Problemas culturais, financeiros, familiares, profissionais, todos convergem para um ponto em comum. Um paralelo que une não apenas as três vivências, como também a simbologia do cabelo, dentro do universo feminino e também da cultura de cada uma das protagonistas. E assim podemos ver quão poderosas são as mulheres. O laço que as une fisicamente é lindo e muito delicado.

Uma observação especial para o título do livro, não podia ser outro! A capa também, nem se fala, delicado – mas ao mesmo tempo forte, tal qual o livro: perfeito. 

“A essas mulheres que amam, param, esperam, caem e levantam mil vezes, que se envergam, mas não sucumbem. Conheço suas lutas, partilho seu pranto e seu riso. Cada uma delas é um pouco de mim.”

Colunista

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Hannah Riff
Graduada em direito. Advogada licenciada OAB/PE. Assessora de membro do Ministério Público de Pernambuco. Graduanda em Psicologia pela Faculdade Pernambucana de Saúde. Estagiária do IMIP. Leitora por paixão. Parte dessa foz, o rio da leitura, corre em mim desde cedo. Leio porque entendi que as palavras também nascem da coragem de sentir. Esse lugar assustador e mágico de estar vulnerável e por isso, deliciosamente humano. Ler, para mim, é estender uma ponte até o peito. Fazer do papel um espelho. O percurso é entregar-se a cada página, a um sentir, a algo sentido. Espero nessa jornada poder dividir um pedaço desse amor e dessa entrega com vocês também.

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