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OS SETE MARIDOS DE EVELYN HUGO – TAYLOR JENKINS REID

A sinopse diz: Evelyn Hugo é uma daquelas atrizes que fazem Elizabeth Taylor parecer sem graça. Lendária estrela de Hollywood, ela sempre esteve sob os holofotes: seja como a estrela de um filme vencedor do Oscar, seja pela sua beleza estonteante, protagonizando um escândalo ou, claro – se casando, afinal, foram 7 maridos. Hoje, prestes a completar 80 anos, a atriz decide contar toda a sua história – desde que seja à Monique Grant, uma jornalista iniciante. Ao embarcar nessa misteriosa jornada sem entender o porquê de ter sido escolhida, a jovem repórter começa a se dar conta que nada é por acaso – e que sua vida e a de Evelyn podem estar profundamente conectadas.

Quem realmente é Evelyn Hugo? Por que ela escolheu Monique para entrevistá-la? Quais são os segredos que a atriz esconde? A habilidade narrativa da autora se comprova ao conseguir nos manter grudados e imersos em cada página virada, alimentando esses questionamentos e aguardando ansiosamente pelas respostas.

Até a última página me peguei pensando: “Como assim Evelyn Hugo não existiu”? A riqueza de detalhes e a narrativa envolvente da autora, fisgam o leitor de uma maneira sem igual, tornando difícil acreditar que trata-se de uma ficção.

Acho importante dizer que apesar do título, o livro tem como prioridade retratar tudo – menos os sete maridos de Evelyn Hugo, e você vai entender quando começar a leitura.

Evelyn Hugo não é propriamente uma pessoa adorável. Ela é alguém que lutou pelos seus sonhos e fez tudo aquilo que foi preciso para chegar aonde chegou. Taylor Jenkins, a autora, é mestre na arte de criar personagens reais e multifacetados. Por isso, muitas das ações de Evelyn são moralmente questionáveis e em vários momentos sua imaturidade é exasperante. É impossível odiá-la – ela é ousada, sincera, autêntica, por vezes egoísta, e não se importa com o que os outros pensam dela, contanto que ela cresça na vida e proteja seus próprios interesses. Você pode até não concordar com suas decisões, mas decididamente você vai compreendê-la e possivelmente respeitá-la.

Me encantei pela maneira como a autora aborda as diferentes facetas da existência humana, de seus sentimentos, relacionamentos. Desperta angústia ao nos escancarar que o bem e o mal podem coexistir de maneira tão intensa no ser humano.

Além disso, a autora aborda também temas importantes, sobretudo em relação à comunidade LGBTQIA+, a discriminação racial, questões de gênero e relacionamentos abusivos.

É um livro recheado de sentimentos, rico em mensagens importantes, comovente e muitíssimo bem escrito, com diálogos inteligentes. Uma história sublime sobre uma atriz de cinema que precisou abdicar de muitas coisas, inclusive do seu grande amor, para que pudesse viver a sua carreira dos sonhos.

Colunista

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Hannah Riff
Graduada em direito. Advogada licenciada OAB/PE. Assessora de membro do Ministério Público de Pernambuco. Graduanda em Psicologia pela Faculdade Pernambucana de Saúde. Estagiária do IMIP. Leitora por paixão. Parte dessa foz, o rio da leitura, corre em mim desde cedo. Leio porque entendi que as palavras também nascem da coragem de sentir. Esse lugar assustador e mágico de estar vulnerável e por isso, deliciosamente humano. Ler, para mim, é estender uma ponte até o peito. Fazer do papel um espelho. O percurso é entregar-se a cada página, a um sentir, a algo sentido. Espero nessa jornada poder dividir um pedaço desse amor e dessa entrega com vocês também.

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